LAURO

LAURO
Aqueles que passam por nós não vão só, não nos deixam só. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Saudades Eterna

SAUDADES ETERNA

Quando você foi embora, eu chorei
E fiquei a pensar porque você se foi naquele dia
Era tão cedo e nem sequer se despediu
Foi como um relâmpago que corta o céu
Num piscar e abrir de olhos, tão rápido como
Quando respiramos e agora estou sem ver você
Imagino antes de ir embora o seu pensamento
E aquela angustia de deixar tudo para trás
De que não tinha solução essa era a hora
De partir mais sei que um dia tudo irá voltar
Ao normal e toda essa saudade vai passar.

Dor que dói

DOR QUE DÓI... DÓI...DÓI


Dói, de tanta dor
O corpo se consome
Se encolhe e se recolhe
Como se não pudesse mais existir
Não há cura
Não há palavras
Não há atitude
Que faça com que essa dor se cale
Ela grita, tenta implodir
Invadindo minhas entranhas
Me enlouquece
Porque dói?
Porque deixamos doer
Deixamos que ela corroesse nossa alma
Corrompesse nossa mente
Invadisse nossos poros
É uma luta vã
Não há ganhadores
Não há perdedores
É um percalço no meu caminho
No meio do meu caminho...
Dor que dói...dói...dói

A um Ausente

A um ausente
Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.

Carlos Drumond de Andrade

Alma

Dói...
De tanta dor o corpo se consome, se encolhe e se recolhe!
Como se não mais existisse
Não existe cura
Não há paliativos
Nada que diga
Não há mais vida
Nadad mais faz com que essa dor se cale
Ela grita.... chama...
Me invade..
Dói? Sim. Dói... e como dói!
Eu permito que doa.Permito que ela invada minha alma... minha mente...meu coração!
Deixo ela tomar conta do meu ser.... Permito, porque essa dor é você!
Ela faz parte do meu caminho...no meio do meu caminho. TE AMO.